- “Cara, você conhece Viper?” - perguntou o então vocalista da minha banda.
- “Claro!”, respondi completando com um entusiasmado coro “E-V-O-L-U-T-I-O-N!”
(‘cam-cam...cam-cam’, imitando o som das guitarras).
- “O que mais? Conhece os primeiros?”
- “Não...”
- “Saca que André Matos foi vocalista do Viper, né?”
- “Sério?!” – me surpreendi positivamente.
Era 1995, estávamos terminando de guardar os instrumentos após uma sessão de ensaio. Nossa banda, muito influenciada pelo Iron Maiden tentava buscar algo com a sonoridade que lembrasse a da banda britânica. Foi aí que ele completou.
- “É um crime. Você precisa conhecer. Vamos marcar lá em casa da próxima vez. Tenho os dois vinis do Viper: ‘Soldiers of Sunrise’ e o ‘Theatre of Fate’. Você vai pirar.”
Assim fui apresentado à história de uma das maiores bandas de Heavy Metal do Brasil.
Alguns anos depois, ao entrar em uma loja de CDs vi na prateleira: “Theatre of Fate”, “Evolution” e o “Maniacs in Japan – Ao Vivo”.
- “Embrulha” – disse para o vendedor – “vou levar!”
Virou minha trilha sonora daquele ano.
Consegui posteriormente completar minha coleção quando comprei o “Coma Rage” e um especial contendo os dois primeiros em apenas um CD.
Uma década depois, sem sono, trocando de canais na televisão, me deparo com o Jô anunciando os entrevistados da noite e que dariam uma canja: Viper!
Era um novo álbum: “All My Life”. Tão vivo! Tão forte! A sonoridade clássica. Daqueles que alguém que não conhecesse e escutasse a música identificaria sem dúvidas: “isso é Viper!”
Comprei meu CD “All My Life” no dia seguinte. Nova formação, antigos e novos integrantes, mas uma energia, uma maturidade sonora de deixar qualquer fã do estilo de queixo caído. Um dos melhores álbuns do gênero em anos!
Muito obrigado Viper!
Valeu!
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